segunda-feira, 10 de março de 2008

UNE participou de ato em defesa da mulher , neste sábado (8) em SP

A concentração para a passeata acontece na Praça Ramos, às 10h. De lá as manifestantes caminham até a Praça do Patriarca onde realizam ato simbólico. A organização espera reunir cinco mil pessoas

Todos os anos, centenas de organizações feministas e movimentos sociais vão às ruas no Dia Internacional da Mulher para mostrar à população que o 8 de março é um dia de luta para as mulheres.

Este ano, diversas entidades do movimento feminista, social e estudantil, como a UNE e a União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) realizam passeata pelas ruas do centro da capital paulista. O eixo central da passeata será "Mulheres feministas, anti-capitalistas, em luta por igualdade, autonomia e soberania popular". Dentro dessa temática se destacam os debates sobre a violência doméstica, valorização profissional e do salário mínimo e legalização do aborto. A organização espera reunir cinco mil pessoas. A concentração está marcada para às 10h30, na Praça Ramos, em frente ao Teatro Municipal.

De lá as manifestantes caminham até a Praça do Patriarca, onde acontece um ato simbólico, como informou ao EstudanteNet, Sonia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres. "Vamos ‘batizar’ a praça com o nome matriarca em homenagem as mulheres".

A reivindicação dos movimentos feministas é por igualdade, autonomia e soberania popular. Entre as bandeiras reivindicadas historicamente pelo movimento feminista estão a defesa de um Estado laico, democrático e com justiça social, que garanta atendimento digno à saúde integral das mulheres, hoje ameaçada pelas iniciativas de privatização do SUS.

As mulheres também vão às ruas para afirmar seu direito de viver sem violência doméstica e sexual. Elas pedem políticas públicas de prevenção à violência, o cumprimento da Lei Maria Penha, assim como equipamentos públicos como centros de referência à mulher, delegacias e casas abrigo. Este ano, os movimentos farão uma crítica ao governador de São Paulo, José Serra, que vem se negando a assinar o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres.

Outra pauta dos movimentos é a defesa de uma reforma da previdência que mantenha e amplie dos direitos das mulheres, incluindo as donas de casa e as trabalhadoras em situação de trabalho informal. A passeata também levanta a bandeira em defesa da manutenção da diferença de 5 anos entre homens e mulheres para aposentadoria e o fim do fator previdenciário, que, na prática, reduz a aposentadoria das mulheres. A luta pela valorização do salário mínimo e o combate à divisão sexual do trabalho também estarão presentes na manifestação do 8 de março.

"Queremos construir um mundo livre de exploração, opressão e discriminação, onde o fato de ser mulher, negra, indígena, lésbica, jovem, idosa ou com deficiência seja apenas um elemento da diversidade e corresponda ao direito à diferença, e não motivo para preconceito ou desigualdade", afirma a convocatória da manifestação.

Sobre o 8 de março
O Dia Internacional da Mulher é um dia de luta em todo o mundo, fruto da mobilização de operárias no início do século passado. Sua celebração foi proposta por Clara Zetkin, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em 1910, e a partir de então foi comemorado em diferentes datas. Em 1922, passou a ser celebrado no dia 8 de março, data em que as operárias russas deram início às mobilizações da Revolução de 1917
.
.

0 comentários: