terça-feira, 25 de março de 2008

Invasão norte-americana no Iraque já dura cinco anos

Há cinco anos as forças militares e britânicas deram início à invasão do Iraque. A ação começou na madrugada do dia 20 de março de 2003 e levou a derrubada de Saddam Hussein, violência e guerras entre sunitas e xiitas.
Enquanto os Estados Unidos perderam quatro mil soldados os civis Iraquianos perderam praticamente um milhão de pessoas, além de quatro milhões estarem refugiadas.



E neste "aniversário" das atrocidades o presidente dos Estados Unidos, George Bush afirmou que remover "Saddam Hussein do poder foi uma decisão acertada. Esta é uma luta que a América pode vencer". O ponto crucial é que não foi a democracia ou a ditadura de Saddam as molas propulsoras do conflito, mas sim a grande demanda de petróleo existente na região que faz com que os EUA não deixem o Iraque ser comandado por Iraquianos.

Também não vale dizer que a luta é contra o "terrorismo" pois não é. Diversos civis mortos, gastos que giram em torno de US$ 526 bilhões e a suposta existência no Iraque de armas de destruição em massa, nunca encontradas, foi o argumento inicial de George W. Bush para combater Saddam.

Em um pronunciamento de quatro minutos pouco antes do primeiro bombardeio, Bush anunciou o início dos ataques, alegando que a intenção era a de "minar a capacidade" do ditador. "Não aceitaremos nada menos do que a vitória", afirmou o presidente. Para justificar os ataques, voltou a citar a ameaça terrorista contra os EUA, ameaça esta que se tornou o foco do discurso da política externa norte-americana depois dos eventos de 11 de setembro de 2001.

"Os EUA não têm nenhuma ambição em relação ao Iraque, a não ser a de restabelecer a liberdade para a sua população". Saddam foi derrubado e acabou condenado à morte por enforcamento. O ditador se foi, mas os problemas não. No Iraque de hoje, 43% sobrevivem com menos de US$ 1 por dia e seis milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária (o dobro de 2004), imediatamente depois da guerra, mas só 60% da população têm acesso às rações que então eram universais. Hoje, quase um de cada cinco integrantes da população iraquiana de cinco anos atrás, antes da invasão, vive como refugiado no exterior ou está desabrigado no próprio país, segundo a Organização Internacional para Migrações.

Os Estados Unidos agora sofrem com o perigo da recessão depois de tanto dinheiro investido na guerra e por mais que o presidente Bush tenha conseguido destruir os soldados de Saddam Hussein ele não conseguiu se infiltrar politicamente, não conseguiu inserir um governante de sua confiança para guiar o país. E hoje a única resposta que vê para suas ações é o crescimento do antiamericanismo no Iraque.

Fontes: El País / Uol / G1 / BBC /UJS.ORG

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